Atenção aos sinais: Uma breve reflexão sobre o setembro amarelo.
O mês de Setembro chegou e com ele o momento de pararmos para refletir sobre seu significado para a sociedade atual.
Com o intuito de valorizar a vida e prevenir os autos índices de suicídio, a campanha “Setembro Amarelo” chega, mais uma vez, para tratar de um assunto que ainda é um tabu social, mas que carrega consigo números alarmantes.
Durante este mês vamos tentar tratar do assunto, com reflexões e conteúdos exclusivos produzidos pelo Brasília Educacional, direcionados por profissionais qualificados, para inflar e conscientizar ainda mais sobre a importância deste período.
Setembro Amarelo: Uma breve reflexão sobre trajeto e sinais
Durante qualquer percurso é importante estar atento ao caminho.
É importante também estar atento a quem também caminha ao seu lado. De alguma forma, entre ir e vir, entre começar e finalizar algo, vamos deixando sinais pelo caminho: abraços, sorrisos, histórias e crises.
Dentro de toda essa subjetividade de cada um, é preciso estar atento a estes sinais: Sobre o abraço que pede ajuda, o sorriso que esconde o choro, a história que não deveria ter acontecido ou a crise que não foi superada.
Falar sobre dar valor à vida é falar, ao mesmo tempo, que existe uma predisposição ao abandono da vontade da vida.
Se durante o seu percurso, alguém passa por você e, de alguma forma, deixa algum sinal que é incompatível com esse percurso, é hora de ficar atento ao outro.
Desde pequeno aprendemos as cores do semáforo. Elas acompanham e cuidam para que o trajeto diário de cada um não colida.
Cada luz, cada cor significa algo e, se fizermos um paralelo sobre o mesmo percurso que citei no começo desta breve reflexão, notamos como cada cor faz jus a algum momento da nossa vida.
Existem momentos em que precisamos parar um pouco, existem momentos em que precisamos seguir em frente e existe um momento, entre estes dois, que é o de dar atenção: Sinal Amarelo. Para você ou para o outro.
Uma breve história sobre a campanha ‘Setembro Amarelo’
A campanha surgiu em 1994, nos Estados Unidos. Mike Emme, na época, com apenas 17 anos, cometeu suicídio. O jovem, que era bastante habilidoso, restaurou um Mustang 68 e pintou o automóvel de amarelo.
A família e os amigos do rapaz não perceberam seus problemas psicológicos e, por isso, não conseguiram salvá-lo.
Durante o velório, pessoas próximas a Mike montaram uma cesta com muitos cartões e fitas amarelas. A seguinte mensagem se destacou na homenagem ao garoto: “Se precisar, peça ajuda”.
A história de Emme foi o estopim para o movimento. Nesse contexto, o laço amarelo acabou sendo escolhido como símbolo da prevenção e da luta contra o suicídio.
No Brasil, o Setembro Amarelo foi adotado oficialmente em 2015, em parceria do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).