Outubro Rosa: Diagnóstico tardio do câncer de mama diminui consideravelmente chance de cura

19 de outubro de 2023

Atingido mais de 60 mil mulheres brasileiras por ano, doença tem chances elevadas de cura quando diagnosticada no início

Todos os anos, em outubro, entidades da saúde coordenam a campanha pelo autoexame e prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa. Com mobilizações que vão desde campanhas televisivas à internet, palestras e ações de empresas e entidades dos mais variados nichos dos setores público e privado, a campanha tem por objetivo que as mulheres não sejam pegas de surpresa, e que não tenham o diagnóstico tardio do câncer de mama. 

Bem pudera, já que o atraso no diagnóstico da doença, que atinge mais de 60 mil brasileiras todos os anos, agrava muito as possibilidades de cura. Sendo o câncer mais diagnosticado no país, e atingindo esmagadoramente as mulheres – há casos masculinos, mas pouco frequentes – falar sobre a temática tem forte impacto, afastando o diagnóstico tardio do câncer de mama. No entanto, ainda há necessidade de mobilização maior, como mostram os dados de entidades que acompanham o cenário no país. 

De acordo com dados do Instituto Amazona, cerca de 70% dos casos no Brasil são de diagnóstico tardio do câncer de mama. Em países como os Estados Unidos, esses dados são de 38%, ou seja, quase a metade. Descobrir a doença mais tarde diminui significativamente as chances de sobrevivência da paciente, e mesmo nos casos em que, felizmente, ela consiga se curar, o tratamento provavelmente será mais longo e invasivo. 

Um dos fatores levantados por especialistas é justamente a morosidade do sistema público de saúde brasileiro no diagnóstico da doença. Há relatos de pacientes que demoraram 6 meses entre a primeira consulta até o diagnóstico, e outras mais de 1 ano entre o diagnóstico e a retirada do nódulo. Para uma doença como o câncer, que pode ter rápida evolução, torna-se extremamente importante criar ferramentas que possam acelerar o tratamento como um todo. 

Em um estudo publicado na revista Nursing Open, especialistas brasileiros e canadenses revisaram mais de 20 artigos sobre o acesso à mamografia no Brasil, realizados no período entre 2006 e 2020, e todos são unânimes em relatar que o diagnóstico tardio do câncer de mama está relacionado aos índices socioeconômicos das mulheres brasileiras, assim como a região em que elas moram. Os estudos mostram que aquelas que pertencem à minorias, não estão em relacionamento estável e moram nas regiões norte e nordeste estão entre as mais atingidas. 

 

Prevenção

As causas do câncer de mama são variadas. Os fatores que podem favorecer o desenvolvimento da doença incluem genética, questões comportamentais – como obesidade, sedentarismo, tabagismo – e histórico reprodutivo e hormonal. Embora muito raramente – em torno de 1% dos casos – o câncer de mama também pode atingir homens. 

Sinais como caroços na mama, alterações no mamilo, presença de fluídos espontâneos do mamilo, pelo da mama avermelhada ou retraída e pequenos nódulos na região dos braços e pescoço podem ser sinais do câncer de mama, e merecem atenção médica.

É importante entender, no entanto, que é possível reduzir os riscos para desenvolvimento da enfermidade, e evitar o diagnóstico tardio do câncer de mama. Entre as medidas de cuidado estão a prática de exercícios físicos, diminuição do consumo de álcool e, no caso das mães, a amamentação. Além disso, estar atento ao próprio corpo e apalpar as mamas é fundamental. 

De acordo com a enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UniBRAS Gama, Isla Cherlla da Silva Brito, a campanha do Outubro Rosa desempenha um grande papel em alertar as mulheres sobre a doença.

“O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade entre as mulheres no Brasil. No mês de outubro, na campanha Outubro Rosa, aumentam as ações preventivas de combate ao câncer de mama. Então, por isso o aumento do número de exames. A mobilização leva às pessoas mais informações, despertam na população o interesse em se prevenir mais”, explica a docente.

Ela alerta também os grupos de atenção para a realização da mamografia, que deve ser realizada em mulheres acima de 40 anos como forma de rastreamento do câncer. “Tanto o Ministério da Saúde como o Inca recomendam que todas as mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada 2 anos, no máximo. Já aquelas que pertencem ao grupo de risco aumentado para o câncer de mama, a mamografia deve ser anual a partir de 35 anos”. 

A docente aponta que estão no grupo de risco mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer, além daquelas que têm história familiar de câncer de mama masculino ou pelo menos um parente com diagnóstico de câncer de ovário. 

Outro ponto importante na prevenção e luta contra o diagnóstico tardio do câncer de mama é o autoexame. Recomendado para todas as mulheres a partir dos 20 anos, deve-se examinar as mamas de preferência uma semana após a menstruação. No entanto, a especialista alerta que a mamografia ainda é a única fonte confiável de diagnóstico. 

“O autoexame ajuda a conhecer o próprio corpo, mas não substitui o exame clínico das mamas feito por um profissional da saúde”. 

(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

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